Cultura

“E assim tudo começou”…

…Há muitos e muitos anos, numa cidade distante das florestas…

O lançamento do livro “A Chalana de Nhô É”, o primeiro infantil de autoria da presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, Sueli Batista, será no formato híbrido no próximo dia 27, às 10h, e poderá ser acompanhado pelo instagram da autora @suelibatistabr

O livro “A Chalana de Nhô É” é voltado ao gênero literatura infantil, um importante recurso didático e fonte enriquecedora de conhecimento e informação para a criança. Através de um método fascinante e lúdico a criança pode se enveredar pela leitura, favorecendo o seu desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e social.

Na obra o ponto de partida é a história de um menino que ao nascer ganhou o nome de É, e que somente percebeu que tinha o menor nome do mundo quando foi para a escola. Superou, por ser diferente, uma espécie de bullying ao ser empoderado, de certa forma, pela professora que lhe deu uma espécie de patrocínio positivo, que ele levou para o resto de sua vida. A autora, através de sua obra, pretende contribuir de forma significativa para o desenvolvimento intelectual dos pequenos leitores, dando para a criança informações sobre vários aspectos do cotidiano, ao mesmo tempo em que se mescla realidade e fantasia.

A autora é paulistana e reside em Cuiabá há 35 anos. Sueli é premiada local, nacional e internacionalmente. Confira, a seguir, a entrevista concedida ao Blog da Condessa! 

Blog da Condessa –  O livro A chalana de Nho É é o seu primeiro projeto voltado para o mundo infantil. Escrever para crianças, é se transforma em?

Sueli Batista – Na realidade trata-se do meu primeiro livro voltado ao público infantil e infantojuvenil. No que tange a projetos eu já tenho um histórico dedicado aos pequenos leitores. Em São Paulo, no ano de 1984, fui editora das revistas “A Turma do Balão e Sorrindo e Brincando”, da Editora Tallamus. Escrever para crianças é fascinante, o lúdico me transportou para o universo de encantamento.

Blog da Condessa – O que o leitor infantil pode esperar da obra?

Sueli Batista –  Tenho em mim a certeza de que as crianças poderão esperar da obra algo mais do que uma aventura, mas uma fonte enriquecedora para o seu próprio empoderamento, através do que o personagem principal vivenciou.  Pra isso eu utilizo muitas vezes, na narrativa, ensinamentos da Psicologia Positiva, ciência do bem estar e da felicidade, da qual sou pós-graduada. Na obra a Chalana de Nhô É, o ponto de partida é a história de um menino que ao nascer ganhou o nome de É, e que somente percebeu que tinha o menor nome do mundo, quando foi para a escola. Superou, por ser diferente,  a espécie de bullying que sofria, ao ser empoderado, de certa forma pela professora, que lhe deu uma espécie de patrocínio positivo, que ele levou para o resto de sua vida.

Blog da Condessa – Como você descreveria a sua relação com a escrita?

Sueli Batista – Me descrevo como uma escritora que se prende muito mais a um processo criativo e informativo, do que com as regras de uma construção literária. Ao escrever para as crianças, entretanto, eu me preocupei muito com uma narrativa concisa na qual procuro levar os pequenos a terem curiosidade em acompanhar a trajetória de É, por etapas que mostram um caminhar transformador, em seu crescimento, sem afetar o que trouxe na sua essência.

Blog da Condessa – Que descobertas que você fez nessa imersão?

Sueli Batista – Descobri que ao escrever para crianças eu deveria ter a magia de abrir uma porta para ingressar no mundo delas. Por outro lado, eu poderia ao entrar, mostrar algo que é resultado do que experienciei.  A cada parte de transição na narrativa, eu faço um convite a declamar, isso foi pensado para estimular a leitura em voz alta, e porque não, diante das pessoas, visando abrir caminhos para começar a falar em público desde cedo.

Blog da Condessa – Como foi processo de criação de cada ilustração para o livro?

Sueli Batista – Quando escrevia o texto de A Chalana de Nhô É, já começava a imaginar como seriam seus personagens e os locais por onde deveriam transitar, então fiz um esboço preliminar com aplicativo de computador, que foi importante para que eu mesma fizesse um boneco para a aprovação do projeto. Isso facilitou para a profissional que definiu o storyboard, que é um esboço organizado de pré-visualização, e que passou ao ilustrador e programador visual um roteiro que muito bem se encaixou com a narrativa. Vale destacar que o projeto atendeu ao edital da Lei Aldir Blanc em Cuiabá, da Secretaria Especial da Cultura- Ministério do Turismo, via Prefeitura Municipal, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, com aprovação do Conselho Municipal de Política Cultural.

Blog da Condessa – Você priorizou textos e ilustrações acessíveis a crianças a partir de que idade?

Sueli Batista – O livro é voltado para o publico de 9 a 12 anos de idade. Por outro lado, pode ser lida, por um adulto, para as crianças de idade inferior a faixa etária definida, ajudando no seu desenvolvimento e descobertas. Na obra, por exemplo, é mostrado o sentido da formação da família; a preservação do meio ambiente, a valorização cultural e o respeito ao que é diferente.

Blog da Condessa – O que uma obra precisa ter para ser desfrutada pela criança?

Sueli Batista – Uma obra para ser apreciada pelas crianças, sobre o meu ponto de vista, tem que passar uma verdade de forma lúdica, por outro lado é importante dentro do contexto,  ter  o encantamento que remete a fantasia, o que auxilia no seu processo criativo.

Blog da Condessa –  Na sua opinião, sinônimo de ler é?

Sueli Batista – É reconhecer que em cada palavra há algo mais que uma palavra.

Blog da Condessa – O confinamento doméstico imposto pela pandemia do novo coronavírus estimulou a leitura?

Sueli Batista – Penso que o processo de isolamento social abriu oportunidades não só para a leitura, mas também para a produção de novos títulos, como no meu caso. A Chalana de Nhô É era apenas um texto esboçado, guardado na memória do computador. Hoje virou um livro ilustrado, como se ganhasse vida.

Blog da Condessa – Quem lê amplia o olhar, torna-se mais tolerante ao perceber na visão do outro formas de alargar a sua própria visão das coisas. Quem lê, consegue ter uma percepção mais crítica de tudo. Concordas?

Sueli Batista – Concordo e digo que foi isso que propus com A Chalana de Nhô É. O de utilizar o recurso do livro como uma fonte enriquecedora de conhecimento de informação, que oferece para a criança através de um método fascinante e lúdico, a possibilidade de se enveredar pela leitura, favorecendo o seu desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e social. Muitos ensinamentos através da leitura de um livro,  dá para a criança uma percepção mais autônoma e critica perante a vida.

Blog da Condessa –  Qual ou quais escritores que exerceram maior influência no teu contexto de escritora?

Sueli Batista – Muitos escritores, de diversas gerações e nacionalidades, me inspiraram em diversas etapas da minha vida, mas somente um deles praticamente toda a minha trajetória.  É incrível, mas dos 13 anos de idade, até o momento atual, Antoine de Saint-Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe”, me traz fascínio com o mesmo livro. De tempos em tempos eu revisito sua obra, e sempre parece que leio o que nunca li antes. Se um livro permanece em nossa memória, sempre nos convidando a ler de novo, por inteiro ou trechos, é porque seu autor é um influenciador, e merece seguidores para sempre.

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