Cultura

Miscelânea cultural terá 45 artistas no palco

Um espetáculo de dança, música, poesia e humor

O Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros recebe no próximo dia 04 de junho, às 20 horas o espetáculo “A arte é Nossa Casa”. “Uma verdadeira miscelânea cultural onde teremos dança, música, poesia e humor”, garante a professora, coreógrafa e bailarina – Léa Baracat. De acordo com ela, além da população ter acesso as artes integradas do espetáculo também é uma forma de mostrar e prestigiar os talentos locais.

A bailarina cita o que reza a Constituição de 1988. “O art. 215 diz que é direito da população e dever do estado estar promovendo a fruição da arte e o desenvolvimento dos movimentos artísticos. Nós como artistas independentes vamos promover o espetáculo justamente pra população em geral ter acesso a esse show que conta com 45 artistas no palco, entre eles estudantes de dança, músicos amadores e profissionais, professoras coreógrafas, bailarinas, poetas e poetisas”, frisou Léa.

Entre as performances, destaque para a dança cigana artística com fusão. “Nós interpretamos a poesia musicada do poeta Márcio Mendes que se chama ‘Tuiuiu do Pantanal’. Já a outra apresentação será a dança com taças, do ventre. “A dança com taças tem uma história muito bonita. Na verdade vem da dança com o candelabro que no Egito tem o significado que a bailarina vai à frente dos noivos levando a luz para o casal. O sentido da prosperidade do casal”. Ela revela ainda que além dessas duas performances, será feita também a abertura da dança com tochas no estilo cigano. “Para as ciganas a tocha, o fogo representa além da fertilidade, da autoiluminação também a perpetuação da espécie , dos clãs. Ou seja, quem tem esse poder de dar a vida é a cigana, a mãe”.

Uma noite memorável

Em 2017 um grupo de artistas voluntários se reuniu no Centro Cultural Casa Cuiabana a fim de pensarem juntos sobre um evento que englobaria vários segmentos artísticos. Dessa forma surgiu o espetáculo “A  Arte é Nossa Casa”. Já no ano de 2021, desejando resgatar tal projeto, um grupo de artistas e estudantes de danças resolveu formar uma equipe a fim de mostrar seu talento nas seguintes áreas: música, dança, teatro e poesia, revitalizando, assim, o trabalho dos artistas dos anos anteriores.

Comadre Sebastiana, brilhantemente interpretada por Weber Fraga, surgiu após vários laboratórios teatrais nas regiões pantaneiras com entrevistas com lavadeiras, pescadores e população Ribeirinha da Baía de Siá Mariana, Chacororé e Mimoso. “Fiz várias entrevistas e laboratórios para que ela pudesse ter essa essência da tradição do falar cuiabanês, da força da mulher empoderada e trazer as histórias antigas e causos”, observou o artista.

A comadre Sebastiana é eclética. Ela canta, dança, interpreta, é apresentadora de televisão, palestrante e animadora cultural. “Tudo se consolidou em 2014 quando fui estudar Artes Cênicas ( humor ) em São Paulo na SP – Escola de Teatro, de lá para cá venho conquistando espaços e ganhando o coração do público que se encanta com a alegria que ela traz. Já  o entrosamento com o povo, o repertório e a identidade retrata a figura da mulher mato-grossense contemporânea. É um trabalho lindo e gratificante”, conclui.

A cantora Comadre Sebastiana (vocal) se apresentará, no dia 4, com  a Banda Rhelik,  cujos integrantes são Ivan Saavedra e Rodrigo Fischdick – guitarristas, Vania Oliver- backing vocal e o baixista César. “No repertório músicas da MPB e sertaneja de raiz”, conta.

Serviço

O que: Espetáculo “A arte é Nossa Casa”.

Local: Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros

Data:  4 de junho (sábado)

Horário: 20 horas.

**Ingresso solidário 2 kg de alimentos não perecíveis

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