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Barista campeão mundial diz que conquista vai estimular interesse por cafés especiais do Brasil

Boram Um, o primeiro barista brasileiro a vencer o World Barista Championship (WBC), competição internacional considerada as “Olimpíadas do Café”, acredita que sua conquista vai estimular o interesse pelo café especial produzido no Brasil e também promover as vendas do produto no exterior. “Vai ter impacto no café especial brasileiro, não só no consumo, mas também no investimento”, disse à Globo Rural, o barista de 33 anos, por telefone, de Atenas, na Grécia, sede da competição que o sagrou vencedor no sábado (24).

“Acho que é um marco para o Brasil, um sonho que se tem há muitos anos, desde o início das competições”, afirmou. O WBC começou em 2000, e até então o melhor resultado havia sido da barista Silvia Magalhães, que ficou em sexto lugar em 2007.

O prêmio conquistado hoje, segundo Boram Um, faz dele um embaixador da indústria de café especial do Brasil em âmbito mundial. E coloca o país não apenas como o maior produtor mundial. “O Brasil está pronto para ser reconhecido com um dos maiores em cafés especiais no mundo”, disse.

Ele afirmou estar “feliz e aliviado” após quase quatro anos de preparação para chegar ao resultado. Nesse período de “treinos” foram três competições nacionais e três internacionais.

Em sua apresentação, o barista serviu um café arábica da variedade exótica bourbon rosa produzido por sua família, em São Gonçalo do Sapucaí, no sul de Minas de Gerais, e também um arábica da variedade gueixa, do Panamá. “É um café em segundo ano de produção. É um sonho poder ver café produzido por sua família [nessa competição]. É muito gratificante ver isso”, disse.

O bourbon rosa, que tem notas que lembram mel e flor de laranjeira, foi servido num blend com o gueixa panamenho na categoria café com leite. Na categoria assinatura, o barista serviu o bourbon e na espresso, o arábica panamenho.

Boram, que é barista há sete anos, disse que servirá na Um Coffee os cafés apresentados em Atenas. Ele é de uma família não tradicional na produção de café, que ingressou na atividade há apenas 15 anos. Mas foi o tempo suficiente para que Boram e o irmão Garam, que ficou em terceiro lugar na categoria World Brewers Cup, em Atenas, se interessassem pela profissão de barista. (Fonte: Globo Rural)

 

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