Cultura

“A arte me escolheu”

O artista plástico cuiabano Adriano Figueiredo Ferreira desde muito cedo rabiscava desenhos no papel. Conta que fugiu da arte por muito tempo. Até o momento que se sentiu encurralado e arte o escolheu. Um sonho marcou a sua decisão de se dedicar totalmente à arte. “Houve um momento em minha vida que passei por muitas dificuldades. Aí tive um sonho. Eu voava entre nuvens coloridas. Entendi como um sinal. A partir daí comecei realmente a me dedicar à arte. Não parei mais de pintar”, disse o artista.

Em 2012 realiza sua primeira exposição. “Na sequência, passei a me considerar um artista profissional. Hoje dedico minha vida e meu tempo à arte e vivo unicamente dela”.

Adriano Figueiredo é autodidata. “As minhas técnicas e o meu repertório artístico são resultados de experimentos. Jamais fiz cursos. Hoje, já tenho a minha identidade. No entanto gosto de estudar, me informar”.

A arte está presente no nosso cotidiano. Para o artista visual, é difícil rotular. “Hoje temos influências diversas. Porém, o que se enquadra mais no meu estilo é o figurativo. Confesso que no início quando comecei a estudar um estilo, eu praticamente não tinha influências. Foi algo bem instintivo. Hoje eu já me sinto influenciado por grandes mestres daqui de Mato Grosso, do Brasil e do mundo. Cito o João Sebastião, Adir Sodré, Portinari, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Picasso e Joan Miró”, pontuou Ferreira.

Sua arte revela cores fortes e traços marcantes. Segundo ele, a sua maior inspiração vem da cultura de Mato Grosso. “Aprecio as linhas sinuosas. Meu trabalho tem muitas curvas inspiradas, principalmente, nas corredeiras dos rios. A partir daí vão surgindo minhas histórias”, ressaltou o artista.

Para “fazer” arte, Adriano revela que um fator que conta muito para escolher o local, a forma e o tema é o fluxo de pessoas que ele irá atingir com sua arte. “Trabalho na rua. Fizemos uma parceria com a Maxvinil e o critério de escolha considerou locais com relevância e conexão cultural em Cuiabá e no estado. Já os demais trabalhos são através de convites, encomendas e também por minha escolha própria”, informou.

Atualmente, por conta da pandemia, suas obras estão concentradas no seu ateliê, na Casa das Molduras e no Museu Sic Bartão. O artista plástico frisou ainda que em breve terá o lançamento do seu site. “Faço algumas lives onde convido artistas amigos e produzo no meu ateliê. Já que as exposições estão suspensas, aproveito para colocar na prática ideias que antes não tinha tempo”.

A arte une as pessoas. A primeira tela que pintou foi um presente para a namorada.  “O sentimento era de criar algo que fizesse sentido pra ela e revelasse uma relação de afetividade ao mesmo tempo. Enfim, de vê-la feliz. O mesmo sentimento que busco transmitir às pessoas até hoje através da minha arte. Eu faço com amor, eu me dedico. É uma coisa que vem de dentro e muita gente se identifica com isso”.

SERVIÇO

Instagram: @aff.art

Facebook: Adriano Figueiredo Ferreira (Aff)

 

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