Cidades

“Fraternal”

Filme reúne fotos para homenagear vítimas da pandemia.

Ambientado na Cuiabá contemporânea, o curta-metragem “Fraternal” irá prestar uma homenagem a vítimas reais da COVID-19. Durante os créditos finais da produção, serão exibidas fotografias de pessoas que faleceram em decorrência da pandemia. As pessoas podem encaminhar imagens de seus respectivos entes queridos até o dia 30 de setembro. O projeto que resultou no filme foi contemplado em edital da Lei Federal Aldir Blanc em Cuiabá, executado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e com apoio do Conselho Municipal de Política Cultural.

Dirigido por Túlio Paniago e produzido pela Terra do Sol Filmes, o projeto audiovisual está na etapa de pós-produção e o lançamento está previsto para o final deste ano. Portanto, quem quiser ter um familiar entre os homenageados, basta enviar uma foto acompanhada das respectivas datas de nascimento e falecimento da vítima. Os arquivos podem ser encaminhados via email ([email protected]), Instagram (@fraternal.curta) ou WhatsApp (65 99349-8003).

“É uma maneira de cristalizar a memória dos que partiram e também marca uma posição junto aos que ficam, até porque milhares de mortes poderiam ter sido evitadas caso o país tivesse assumido uma política efetiva de controle e prevenção”, avalia o diretor Túlio Paniago.

As fotografias cedidas também irão compor um mural na página do Instagram do projeto. “É tudo muito recente, uma ferida ainda aberta para as famílias que perderam alguém. A memória e o luto devem ser tratados com extremo respeito e é nesse sentido que a gente pretende fazer esta homenagem”, explica o produtor executivo Leonardo Sant’Ana.

Fraternal é um drama familiar protagonizado por Célia (Vera Capilé) e Luiz (Romeu Benedicto), respectivamente mãe e filho. Confinados em casa durante a pandemia, eles vivem cada vez mais isolados socialmente e próximos entre si. Esta premissa simples sustenta uma história inusitada e comovente vivida por dois complexos personagens em um contexto pandêmico que os desestabiliza.

Por isso, além da homenagem em si, a opção pelas fotografias de pessoas reais também se justifica do ponto de vista artístico. “Aproxima a dramaturgia ficcional de um certo caráter documental. Compartilho da ideia de que todo filme é um documentário, pois mesmo as ficções, em muitos aspectos, documentam o período em que foram criadas”, complementa Túlio.

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