Saúde

Manifesto do Fórum de Saúde MT ressalta gravidade da pandemia

Documento enviado à imprensa na manhã desta segunda, 27, solicita a revogação dos decretos que flexibilizam a abertura do comércio em plena curva ascendente de infecção por coronavirus no Estado

O Fórum de Saúde de MT é composto por profissionais da saúde pública e privada, membros da sociedade civil, juntamente com diversas entidades entre as quais a Rede de Médicas e Médicos Populares, Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat),  SISMA e Movimentos Sociais.

A reabertura gradual inicia em Cuiabá e Várzea Grande nesta segunda-feira (27/4) .“Neste momento, o mundo registra aproximadamente 3 milhões de casos notificados e mais de 200 mil mortes, tendo como principal país atingido os EUA, com quase 1 milhão de casos e 50 mil óbitos. Neste ranking, o Brasil aparece no 11º lugar, com uma das maiores taxas de letalidade (6,8%)”, pontua o documento.

Em Mato Grosso, o maior número de casos está concentrado em nove municípios, envolvendo menos 60% da população. A capital Cuiabá lidera com mais da metade dos casos. Entre 250 casos e 10 óbitos confirmados no Estado até o domingo (26.04), cinco são de residentes em outros Estados e 245 (98%) estão concentrados em 28 dos seus 141 municípios. Cuiabá lidera os registros, com mais da metade dos casos (127), seguido por Rondonópolis (36), Sinop (20), Várzea Grande (12), e Primavera do Leste (6).

Trecho do manifesto diz ainda que foram realizados menos de 2 mil testes (quase todos em casos graves). “Apesar do baixo índice de testagem, conforme o último boletim epidemiológico, em Cuiabá os casos só aumentam: dos 354 casos, de Síndrome Respiratória Aguda Grave notificados, 38,5% foram positivos para coronavírus. Diante do atual cenário, fazemos um apelo: FIQUE EM CASA!”

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o país tem 63.584 casos confirmados da doença em todo o país e foram registradas 4.300 mortes provocadas pela Covid-19. A primeira morte foi confirmada em 17 de março em São Paulo.

Telemedicina no país

Com a epidemia do novo coronavírus no Brasil, o isolamento social tem sido a saída adotada na tentativa de evitar uma maior propagação do vírus. Para auxiliar nesse isolamento e, ao mesmo tempo, manter o atendimento à saúde, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a prática da telemedicina no país, em caráter excepcional, enquanto durar a situação de emergência em saúde pública no país.

Telemedicina é o exercício da medicina a distância, com médico e paciente se comunicando por vídeo-ligações de aplicativos como Whatsapp e Skype. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quem quiser ser atendido dessa forma, deve procurar a sua operadora de plano de saúde. O planto de saúde deverá oferecer uma opção para o usuário. De acordo com a ANS, os hospitais e clínicas não são obrigados a oferecer a opção da telemedicina, mas a operadora de plano de saúde deve ter alguma instituição em sua rede para oferecer essa modalidade de atendimento.

Sistema Único de Saúde

A telemedicina também pode ser usada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Por meio das consultas remotas, haverá ampliação do acesso à saúde, evitando a exposição da população nas unidades de saúde, onde há possível circulação do [novo] coronavírus”, disse o ministério, em nota.

O Ministério da Saúde orienta o cidadão que desejar o atendimento à distância a entrar em contato diretamente com o posto de saúde.

O ministério também autorizou médicos a emitir atestados e receitas médicas eletronicamente. E caso o médico determine o isolamento do paciente, ele deverá comunicar o médico sobre quem mora com ele ou assinar uma declaração contendo a relação das pessoas que residam no mesmo endereço. (Fonte: Agência Brasil)

 

 

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