Saúde

A experiência de dar à luz respeitando o tempo da natureza

Parto humanizado é tema de reunião da Frente Parlamentar.

O evento ocorrerá na próxima terça-feira (03), às 9h30, na sala 202 da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, reunindo especialistas na área. 90% das mulheres deixam de fazer parto normal por “medo da dor”, mas especialista Caroline Paccola avalia que é possível reverter o quadro.

Mais de 60% dos partos realizados em Mato Grosso são cesáreas, quando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que não supere 15%. No Brasil, dos 2,9 milhões de partos realizados anualmente, 55,6% são cirúrgicos.

O evento trará especialistas para debater o tema, entre eles, a médica Caroline Paccola, que avalia a mudança nesse quadro como importante, mas que isso só será possível a partir de informação e acesso à analgesia, por exemplo. “Não querer passar pela experiência traumática da dor assusta 90% das mulheres brasileiras, que não concordam com o atual modelo de assistência à saúde”.

Por que mulheres da Europa e do Canadá não têm medo “da dor do parto”? Elas seriam mais corajosas? Na avaliação da especialista na área, a diferença está no acesso a recursos para que seus limites de dor sejam respeitados e as ferramentas para um parto humanizado fiquem disponíveis, acarretando o menor dano emocional possível à mulher e à criança. 

“Em 9 anos de formação, nunca tive acesso a analgesia, nunca pude oferecer às pacientes, só fui saber a respeito quando tive meu primeiro filho. Desde então, adotei isso como uma missão: levar às mulheres, porque elas têm direito a ter um parto humanizado sem dor ou com um nível de dor suportável”, explica Caroline, que deixou de atender recentemente em uma grande maternidade por não ter mais essa ferramenta disponível. 

Esta é a primeira reunião da Frente Parlamentar de 2020 e será conduzida pelo deputado estadual Dr. Gimenez (PV), que é médico há mais de 40 anos, e entende a discussão do assunto como pertinente e importante neste momento. “Queremos estimular informações e práticas que promovam a saúde feminina, além disso, queremos garantir que o atendimento no SUS seja humanizado, gratuito e ágil”. A Frente foi criada em outubro do ano passado e já discutiu o acesso e ampliação ao aleitamento materno. ( Fonte: Assessoria ALMT)

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