Política

CNM debate eleições municipais e ações para adiamento do pleito

A Confederação Nacional de Municípios-CNM, reuniu por videoconferência no último dia 19, o Conselho Político para debater como ficarão as eleições municipais previstas para ocorrer este ano. O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios-AMM, Neurilan Fraga, que integra o Conselho Político da CNM, participou da reunião, além dos dirigentes das entidades estaduais de todo o país.

A expectativa é que o movimento municipalista, também participe do debate sobre o tema no Congresso Nacional. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, informou que aconteceu um encontro entre os membros do Tribunal Superior Eleitoral e parlamentares, com a participação de médicos e sanitárias. Em seguida, ocorreu uma mesa temática no Congresso Nacional, que também tratou do assunto. “E qual avaliação que fazemos de tudo isso? que o jogo está com a carta marcada”, avaliou.

Aroldi alertou para o curto tempo que a CNM terá para expressar entendimento do movimento municipalista sobre a questão. “Terão debates e nós vamos ser convidados, mas vamos ter dois ou três minutos para fazer nossa defesa, tempo insuficiente para conseguir colocar os nossos pontos. Além disso, quem será responsabilizado pela realização do pleito; e se candidatos forem infectados e transmitirem o vírus para seus eleitores, e se houverem mortes? Precisamos fazer essas perguntas ao Congresso Nacional”, disse ele.

O presidente da AMM, Neurilan Fraga reforçou que, de acordo com estudos da área da Saúde, o vírus ainda poderá afetar muita gente. Ele exemplificou que na China, quando parecia disseminado, outra onda está voltando. “A comunidade científica do mundo todo não garante, e não tem como prever uma data certa para tudo isso acabar. Como vamos saber se em outubro, novembro ou dezembro as coisas estarão bem?”, indagou.

Se as eleições municipais não poderão ser realizadas em outubro ou novembro deste ano, seria ideal a PEC- 19 de autoria do Senador Wellington Fagundes que prevê o adiamento das eleições e a coincidência de  mandatos em 2022.  Fraga alerta que é preciso avaliar as questões sanitárias e outro aspecto, o alto custo da eleição em um momento de crise econômica financeira.

As lideranças municipalistas, defenderam de modo geral, que é preciso mostrar que o cenário não estará favorável para o pleito, diante de uma pandemia que,   nenhum sanitarista está garantindo o final dela. “Além disso, já teremos mais de 30 milhões de desempregados e uma a crise econômica mais evidente. Quem poderá cancelar as eleições, será a  pandemia. Não vamos colocar vidas em risco. É mais prudente prorrogar mandatos do que ter eleição com mortes.”, alertou Aroldi.

A reunião contou com a participação do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que defende o adiamento das eleições. Ele destacou ainda que vai trabalhar pela aprovação do projeto de complementação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) até dezembro. A recomposição do Fundo  para os municípios terminará no início de julho.

Os dirigentes das entidades sugeriram que o movimento municipalista protocole um documento junto ao Ministério da Saúde, e ao Tribunal Superior Eleitoral-TSE, contendo todos os argumentos. (Fonte:CNM)

 

 

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