Cidades

O idioma comum é a música

Crianças haitianas atendidas por projeto fazem recital no fim de semana.

O projeto Aculturação Musical, selecionado no edital MT Nascentes, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), realiza no próximo domingo (23.05), às 16h, na sede do Instituto Ciranda – Música e Cidadania um recital de encerramento do projeto. Devido aos protocolos de prevenção a covid-19, o evento será restrito aos convidados e o uso de máscaras é obrigatório.

Proposto pela musicista e educadora musical Yndira Villarroel, o projeto atendeu crianças haitianas, residentes em Cuiabá. Yndira, que é venezuelana, idealizou o projeto especialmente para elas. Consciente do quanto esse processo de imigração pode deixar marcas profundas na vida dos pequenos Ela criou um espaço de confiança onde o idioma comum é a música.

Yndira lembra que ao anunciar o projeto com aulas gratuitas, muitas pessoas da comunidade de migrantes ficaram surpresas com a proposta. “Ficaram impressionados. Muitas vezes perguntavam se realmente era para eles. Sendo explicado que sim, que foi um projeto pensado para a comunidade haitiana e que o mais importante era o aproveitamento das atividades”.

Depois de dois meses de encontros, eles realizam o último nesta sexta-feira (21), um ensaio final para a apresentação aos familiares. Yndira conta que ao executarem o repertório, farão “um passeio pela paisagem sonora que remonta às origens haitianas”. O percussionista moçambicano Hermínio Nhantumbo fará uma participação especial no recital.

Yndira explica que o recital será uma mostra do que as crianças aprenderam durante as aulas. “Elas vão mostrar um pouco do que aprenderam. Elas tiveram acesso a conteúdos diversos. Apresentamos instrumentos de orquestra, mas focamos no aprendizado da flauta doce. A propósito, elas foram presenteadas com este instrumento, pois assim, puderam praticar o conteúdo das aulas em casa”, ressalta Yndira.

E o projeto, segundo Yndira, não só marcou a vida das crianças, como pode tê-las estimulado a seguir na música. Dos participantes do projeto, dez deles se matricularam como aluno no Instituto Ciranda – Música e Cidadania, nas classes de violino, trompete, percussão e musicalização.

“Todos tiveram a oportunidade de obter uma vaga para continuar fazendo aulas de música, porém, agora com o foco do instrumento selecionado e indicado em alguns casos, recebendo em caráter de empréstimo o instrumento e o material para as aulas. Isto produz na vida deles e de suas famílias um sentimento de pertencimento, além de alcançar os objetivos da proposta”.

 

 

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