Política

“Mais respeito ao agro brasileiro”

Senador condena ‘politização do BNDES’.

“Não podemos pensar se é direita, esquerda, se é centro. Temos que pensar no futuro do Brasil”. A afirmação foi feita na quinta-feira, 23, pelo senador Jayme Campos (União-MT), durante reunião da Comissão de Agricultura do Senado, convocada para discutir as preocupações do setor produtivo quanto aos cortes e restabelecimento dos créditos rurais pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Campos fez críticas diretas a diretora do BNDES, Tereza Campello, por declarações que estariam comprometendo o próprio Governo, e criticou o radicalismo: “O BNDES tem papel preponderante. Não podemos nos transformar ali em um covil de esquerda, direita, meia esquerda, ponta… Ali tem que trabalhar em prol do Brasil”. Segundo o senador, a diretora “foi infeliz na fala dela”.

Ao questionar o bloqueio e a gestão dos empréstimos bloqueados por supostas áreas desmatadas ilegalmente com mapeamentos feitos via satélite, Jayme Campos lembrou que o agro, de maneira geral, “tem contribuído sobremaneira” com a balança comercial e produzindo com tecnologia, de forma sustentável. “Isso nos dá a garantia de que somos um país que vai dar a oportunidade de contribuirmos com a questão alimentar do planeta” – observou.

“Não podemos ter a visão de que o homem do campo vive destruindo, que é o depredador, que está fazendo com que a questão climática está mudando o planeta. Isso não é verdade” – acrescentou.

Ao pedir “mais respeito ao agro”, o senador observou que o Brasil precisa promover incentivos a bioeconomia, sobretudo destinado aos pequenos produtores instalados na Amazônia legal. “São milhões de brasileiros que não tem uma política definida, na questão da regularização fundiária e assim por diante” – lembrou, ao destacar o Projeto de Lei 1162/2023,  de sua autoria,  que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima para priorizar a recursos de fundos ambientais climáticos para projetos e iniciativas da bioeconomia.

Campos ressaltou que o “Brasil é um dos que mais preservam” e alertou que o “Governo não pode ser contra o povo brasileiro”. Ao ressaltar que “não está para defender quem está à margem da lei”, ele denunciou os “pseudos ambientalistas” que defendem o ecossistemas, lembrando que “muitos tiram proveito pessoal” e “colocam dinheiro no bolso”.

Outra questão levantada pelo senador do União-MT foi com relação a segurança jurídica. “Temos que trabalhar por um Brasil com desenvolvimento, um Brasil com justiça social, com cidadania, respeitando os marcos jurídicos, que não podemos abrir mão em hipótese alguma. Temos que ter a segurança jurídica garantida” – frisou, ao defender “tranquilidade para quem produz”.

 

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