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Cuiabano, de 37 anos, morre em SP vítima do coronavírus

O cuiabano Marsel Vieira de Paula Marinho, de 37 anos, foi uma das vítimas do novo coronavírus em São Paulo (SP), onde mora. Marsel não fazia parte do grupo de risco da Covid-19 e começou a sentir os primeiros sintomas há, aproximadamente, 15 dias. Antes de sofrer uma parada cardiorrespiratória no domingo (12), ele ficou uma semana internado na UTI de um hospital particular. 

A irmã de Marsel, Fernanda Vieira de Paula, viajou para a capital paulista por conta dos trâmites funerários. O cuiabano, que trabalhava como supervisor de auditoria, não pôde ser velado ou enterrado. Fernanda conta que o corpo seguiu direto para o crematório. 

De acordo com ela, a princípio, como ainda não havia testado positivo para Covid-19, Marsel estava sendo tratado apenas com o diagnóstico de pneumonia, apesar dos médicos já terem alertado sobre a possível infecção pelo novo coronavírus. 

Quando precisou ir para a UTI já foi tratado como paciente Covid-19, fizeram o isolamento, por mais que ainda não tivesse resultado. O teste ficou pronto depois de cinco dias. Demorou, mas os médicos já desconfiavam”, lembra. 

Fernanda ressalta que a piora do irmão aconteceu bruscamente, já que, os boletins diários apontavam que o quadro dele era considerado como estável pelos médicos. Após ter alta da UTI, Marsel recebeu acompanhamento de uma fisioterapeuta como parte da recuperação. 

No entanto, ele não resistiu. A irmã conta que uma radiografia do pulmão mostrou aos familiares que apenas uma pequena parte do órgão não havia sido afetada. “Era só um ‘pedacinho’ tentando reagir. Não sabemos se ele teve uma crise de ansiedade, mas o pulmão entrou em colapso. Tentaram reanimar ele durante 30 minutos”. 

Em fevereiro, Marsel esteve com a família para comemorar o aniversário de 37 anos, costume que se repetia em várias datas comemorativas durante o ano. Fernanda lembra que, apesar de morar em São Paulo, o irmão viajava muito para Cuiabá, onde vivem os familiares.

Formado em Cerimonial e Eventos pela Unic, ele foi funcionário da Fema, que passou a ser secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema). Era casado com Samuel Marinho, quem cuidou de todas as questões hospitalares em São Paulo.

Situação em SP

A viagem para a capital paulista causou apreensão e para se prevenirem, Fernanda e o seu outro irmão, levaram máscaras, luvas e álcool em gel. Ela conta que a “impressão” é de que os paulistanos ainda não compreenderam a gravidade do vírus, já que muitas pessoas ainda circulam pelas ruas. 

Para conseguir desembarcar ela ainda precisou passar por uma barreira sanitária no aeroporto, onde equipes checavam a temperatura de cada um dos passageiros. Fernanda ressaltou que ninguém da família está com sintomas da doença, mas todos estão em alerta.

“Enquanto não acontece com uma pessoa da família as pessoas não acreditam. Os cemitérios estão lotados aqui, sai um corpo e entra outro, caixões lacrados e só dez pessoas por vez podem ficar no local do velório”, lamenta. (Por: RD NEWS)

 

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